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Retina e Vítreo

A retina é um fino tecido intraocular, sensível à luz e fundamental para a visão. É formada por camadas de células e está localizada na parte mais interna do globo ocular. 

Os raios luminosos focam na retina, passando através da córnea, pupila e cristalino, e são convertidos em impulsos eletroquímicos, que, através do nervo óptico, vão em direção ao cérebro, onde são decodificados para serem transformados em imagens.

O globo ocular é preenchido com um gel claro chamado vítreo e apresenta pontos de adesão à retina. Pequenos grumos de filamentos ou células dentro do vítreo podem provocar sombras na retina, permitindo a visualização de manchas ou pontos móveis no campo de visão. São as chamadas “moscas volantes”.

A visão de opacidades e luzes (floaters e flashes), ocasionalmente, pode ser normal, entretanto, o aumento súbito e associado à perda da visão é um sinal de alerta, e o oftalmologista deve ser consultado com brevidade, para realizar o exame do fundo do olho (mapeamento de retina).

Geralmente, o vítreo se afasta da retina sem causar problemas. Mas, às vezes, podem ocorrer roturas na retina e consequente predisposição ao descolamento de retina, principalmente na presença de processos inflamatórios no vítreo, trauma ocular e miopia.

Descolamento de Retina

É o desprendimento da retina da parede ocular e ocorre devido à rotura do tecido retiniano e menos frequentemente na presença de inflamação da retina e da úvea.

Tratamento do descolamento de retina

O tratamento do descolamento de retina promove o reposicionamento da retina ao local de origem. Os principais procedimentos são com LASER (fotocoagulação), retinopexia e vitrectomia posterior, isolada ou conjuntamente.

Cada procedimento tem indicação específica e cabe ao oftalmologista retinólogo optar e decidir, junto com o paciente, pelo tratamento mais adequado e possível para cada caso.

Obs.: As informações aqui contidas têm caráter eminentemente informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação.

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em pacientes entre 20 e 74 anos e é o resultado dos efeitos do diabetes nos vasos sanguíneos da retina, podendo evoluir com áreas de má perfusão da retina e também formação de edema. Existem dois estágios principais da retinopatia diabética: não proliferativo e proliferativo.

• Retinopatia diabética não proliferativa

O paciente pode ter a visão normal, mas existe a possibilidade de ocorrer vazamento de líquidos nos vasos danificados. Se qualquer líquido vazado acumular na região central da retina, chamada de mácula, pode ocorrer o edema de mácula, e a visão será afetada.

• Retinopatia diabética proliferativa

Ocorre o crescimento de vasos sanguíneos anormais que se estendem pela superfície da retina e podem invadir o gel vítreo. Os vasos proliferativos frequentemente se rompem, causando hemorragia vítrea e também descolamento de retina tracional por proliferação e fibrose, o que pode comprometer significativamente a visão.

• Tratamento

O melhor tratamento é a prevenção. O controle rigoroso dos níveis de açúcar no sangue retarda o desenvolvimento e a progressão da retinopatia diabética.

A retinopatia diabética é uma doença progressiva, portanto exames periódicos de mapeamento de retina devem ser realizados para seu monitoramento.

O oftalmologista pode indicar a realização de exames adicionais, como a angiografia fluoresceínica para observação dos vasos da retina e também a avaliação estrutural da retina com o exame de tomografia de coerência óptica (OCT).

O tratamento da retinopatia diabética inclui o LASER, a terapia com medicação antiangiogênica intravítrea e tratamento cirúrgico com vitrectomia nos casos mais avançados com hemorragia vítrea ou descolamento de retina.

Pode haver a necessidade de associação desses tratamentos.

Obs.: As informações aqui contidas têm caráter eminentemente informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação.

Degeneração Macular Relacionada à Idade

A DMRI ou Degeneração Macular Relacionada à Idade é uma doença que acomete a área central da retina (Mácula). É uma das principais causas da cegueira legal em pessoas acima de 50 anos.

A maior parte dos pacientes apresenta a forma inicial da doença e tem uma perda visual mínima. Há acúmulo de resíduos do metabolismo com depósitos sob a retina, chamados de drusas. 

Muitas pessoas acima dos 60 anos têm algumas drusas, mas permanecem sem sintomas e não evoluem para a perda visual. Porém, em alguns casos, esta situação pode mudar e levar a estágios mais avançados da doença, com consequente redução da visão central.

• DMRI seca ou atrófica

A DMRI seca é a forma mais comum da doença, abrangendo de 85% a 90% dos casos. Há acúmulo de drusas na mácula, causando a perda progressiva e atrofia de células da retina.

As alterações visuais são proporcionais às áreas atrofiadas e a perda visual geralmente acontece na área central da visão.

• DMRI úmida ou exsudativa

Apenas 10% a 15% dos casos de DMRI seca evoluem para a forma exsudativa.

Na DMRI úmida, pequenos vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina comprometida e a sua proliferação leva à formação da chamada membrana neovascular. Esses vasos anormais permitem o vazamento de líquido e/ou sangue e o acúmulo desses fluídos produz a distorção das imagens. Com o passar do tempo é possível perceber a formação de pontos ou manchas escuras no campo visual central. Com a evolução da doença há a formação de tecido fibroso na área afetada pelos vasos, levando à perda irreversível da percepção visual no local afetado.

• Prevenção

A prevenção e o tratamento da DMRI nas fases iniciais são favorecidos por uma dieta rica em vegetais de folhas verdes e pobre em gorduras, além do uso de vitaminas e antioxidantes.

• Tratamento

Nas fases ativas das membranas destaca-se o uso intravítreo de substâncias antiangiogênicas (anti-VEGFs). Essas substâncias bloqueiam a proliferação dos neovasos. Os anti-VEGFs são injetados dentro do olho por meio de um procedimento cirúrgico sob anestesia local em Centro Cirúrgico. Os Anti-VEGFs liberados pela Anvisa para uso intraocular são o LUCENTIS®️ (Ranibizumabe) e o EYLEA®️ (Aflibercept).

Obs.: As informações aqui contidas têm caráter eminentemente informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação.

Obs.: as informações aqui contidas têm caráter unicamente informativo e educacional. O seu conteúdo jamais deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação.

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